26.6.08

Tecnologias para idosos vão receber 600 milhões

Carla Aguiar, in Diário de Notícias

Terceira idade. Portugal participa em novo programa europeu de investigação

Soluções para aumentar autonomia serão financiadas por Bruxelas


Tornar as novas tecnologias mais acessíveis aos idosos e facilitadoras da sua vida e tarefas do quotidiano é o objectivo de um novo programa comum de investigação europeu, denominado Envelhecer Bem, no qual Portugal vai participar.

Esta semana- e considerando que já em 2020 cerca de 25% da população europeia terá mais de 65 anos -, o Conselho de Ministros da UE aprovou um plano destinado a tornar a Europa um centro para o desenvolvimento de tecnologias digitais que ajudem os idosos a manterem uma vida autónoma. Para financiar aquele programa de investigação, Bruxelas vai libertar um total de 600 milhões de euros.

A ideia é que as empresas desenvolvam, por exemplo, dispositivos inteligentes para reforçar a segurança em casa, soluções móveis para a monitorização de sinais vitais e interfaces conviviais para as pessoas que sofrem de deficiências visuais ou auditivas. Outras soluções mais simples podem passar por aumentar o corpo de letra das informações que surgem nos écrans dos computadores. Ou por alarmes móveis, já existentes no mercado, especialmente indicados para pessoas com doenças como epilepsia, diabetes ou que se sintam vulneráveis ao sair de casa. A esperança média de vida é, actualmente, superior a 80 anos no espaço europeu.

Em Portugal, este programa será implementado no âmbito do Plano Tecnológico. Ao mesmo tempo que é destinado aos idosos, o programa cria oportunidades de negócio e ajuda a reduzir a despesa pública.