25.6.08

Portugueses são os mais preocupados com o futuro

in Diário de Notícias

Inquérito. Apenas 15% acha que a vida vai melhorar, segundo dados da UE


Número de inscritos nos centros de emprego baixou em Maio


Os portugueses são os mais pessimistas da União Europeia quanto ao seu futuro próximo. Apenas 15% acreditam que a vida vai melhorar nos próximos 12 meses, de acordo com dados do "Eurobarómetro" da Primavera, realizado entre finais de Março e finais de Abril, e divulgados ontem pela Comissão Europeia.

Assim, face aos seus parceiros da UE a 27, os portugueses são os que tem piores perspectivas sobre o que vai ser a sua situação de vida, em termos gerais, bem como a do seu agregado familiar nos próximos 12 meses. Aliás, relativamente à situação do agregado familiar, os optimistas são ainda em menor número. Apenas 11% (também o valor mais baixo da União, onde no conjunto há 22% de optimistas), acredita que esta poderá evoluir positivamente. E quando convidados a antever a sua situação económica e de emprego as expectativas também são as mais baixas.

Só 8% acredita que o emprego pode melhorar, um resultado bem abaixo da média comunitária de 21%. Ainda assim, neste capítulo, ficamos à frente da confiança manifestada por húngaros (5%) e gregos (7%).

Comparando os resultados deste inquérito com os da anterior consulta, realizada no Outono de 2007, verifica-se ainda uma quebra na confiança dos cidadãos nacionais.

O desemprego é mesmo a principal preocupação dos portugueses, porque 49% dos inquiridos colocam-na no topo da lista, caso único, aliás, entre os parceiros da UE a 27. A seguir vem a subida dos preços (para 42%). Por fim, questionados sobre as expectativas quando à situação económica do país nos próximos 12 meses, apenas 1 em cada 10 portugueses (10%) acredita que vai haver uma melhorar. Em Portugal, esta consulta foi levada a cabo, pela TNS Euroteste.

Desemprego cai

Em Maio, o número de desempregados registados nos centros de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) situou-se nos 383 357 o que representa uma quebra de 3,6% face a período homólogo e uma redução de 0,8% face a Abril, anunciou ontem aquele organismo. Assim, no mês passado, estavam inscritas nos centros de emprego menos 14 125 pessoas, do que em Maio de 2007 e menos 2 984 do que final de Abril último.

O desemprego de longa duração - o que abrange pessoas inscritas há mais de um ano - representava 40,7% do universo total. Mesmo assim, o número de desempregados de longa duração sofreu um decréscimo de 6,5% em termos homólogos, enquanto o de curta duração retrocedeu 1,5%. LUSA