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Dados mostram que Portugal já é o país onde as mães mais trabalham a tempo inteiro e também o que tem mais casais com filhos empregados
O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer que Portugal tenha mais mulheres no mercado de trabalho e propõe que o "apoio incondicional" às famílias com crianças seja substituído por "subsídios às mães trabalhadoras".
A recomendação consta de um estudo do FMI, ontem divulgado e que o “Diário de Notícias” avança, em que apresenta medidas para aumentar o emprego no mundo, dando especial enfoque a Portugal, Grécia e Espanha, onde os números do desemprego são mais elevados.
Especialistas ouvidos pelo jornal criticam as medidas e dizem que o FMI não conhece a realidade do país.
"À partida, o que essa recomendação mostra é o desconhecimento dos dados nacionais, porque se conhecessem saberiam com certeza que Portugal é o país com mais mães a trabalharem a tempo inteiro. E tem a maior proporção de casais com filhos até aos seis anos a trabalharem em full time, o que é uma situação bem diferente do que acontece na Itália, na Grécia e em Espanha", critica Maria das Dores Guerreiro, socióloga da família.
Dados mostram que Portugal já é o país onde as mães mais trabalham a tempo inteiro e também o que tem mais casais com filhos empregados.
As trabalhadoras portuguesas representam 69,9% da população feminina, que é uma das mais altas a nível internacional.