in Jornal de Notícias
Em resultado dos fluxos imigratórios verificados nos últimos anos,entre 2002 e 2007, verifica-se um peso crescente do número de nados vivos de mães de nacionalidade estrangeira residentes em Portugal.
Em 2007, registaram-se cerca de 9 887 nados vivos de mães de nacionalidade estrangeira (7 690 em 2002), representando 9,6% do total de nados vivos de mães residentes em Portugal (6,7% em 2002).
As estimativas da população, ontem divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísica (INE), revelam ainda que a evolução demográfica caracterizou-se, em 2007, por um ligeiro crescimento (+18 480), em consequência de um crescimento natural negativo (-1 020) e de um abrandamento do crescimento migratório (+19 500). Em resultado destes movimentos, a população residente em Portugal, em 31 de Dezembro de 2007, foi estimada em 10 617 575 indivíduos. Paralelamente ao abrandamento do ritmo de crescimento da população, em 2007, verifica-se um decréscimo da taxa de natalidade, um aumento da taxa de mortalidade e a manutenção da taxa de mortalidade infantil em valores abaixo dos 3,5 óbitos de crianças com menos de 1 ano por mil nados vivos.
O envelhecimento da população é patente Portugal passou de 105 para 114 indivíduos com 65 ou mais anos de idade por cada 100 indivíduos com menos de 15 anos de idade.
A taxa de crescimento natural com uma tendência de redução, apresenta em 2007, pela primeira vez na história demográfica portuguesa recente, um valor negativo. Desde o início do século XX apenas em 1918 se havia registado um saldo natural negativo associado à epidemia de gripe pneumónica que atingiu o país nesse ano.
Em 2007, face aos valores apurados até Abril de 2008, registaram-se 102 492 nados vivos de mães residentes em Portugal - valor 2,8% inferior ao verificado em 2006 (105 449).