in Observatório do Algarve
Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural considera o Algarve um exemplo a seguir nas boas práticas na imigração.
Rosário Farmhouse, a Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural, elogiou hoje as boas práticas de integração de comunidades imigrantes no Algarve, no arranque da visita de dois dias à região.
Rosário Farmhouse, que terça e quarta-feira visita concelhos do distrito de Faro onde o número de imigrantes é mais elevado, sublinhou aos jornalistas o "trabalho exemplar" que tem sido feito na região.
Como exemplo, apontou um bairro social com 160 fogos em Vila Real de Santo António, que visita durante a tarde de hoje, e onde as comunidades cigana e africana são "participativas" e estão "plenamente integradas".
À margem da visita que fez às instalações do Centro Local de Apoio ao Imigrante (CLAI) de Faro, a Alta Comissária reiterou que os confrontos ocorridos na semana passada na Quinta da Fonte, Loures, foram um caso "lamentável", embora "pontual", que deve ser ultrapassado.
Rosário Farmhouse esteve também na Junta de Freguesia da Sé, onde foi instalado um gabinete provisório de atendimento do Alto Comissariado, que funcionará com dois mediadores durante a sua visita ao Algarve.
A Alta Comissária vai ainda visitar o Centro de Recursos Itinerantes do Algarve (CRIA) que está de momento na Praia de Faro e percorre todo o concelho, projecto local dirigido a crianças em risco de exclusão.
O espaço móvel, financiado pela Câmara de Faro, é de adesão voluntária e pretende dar acompanhamento a casos de crianças em risco de exclusão detectados nas escolas, abrangendo um universo de cerca de mil crianças.
O CRIA é um dos projectos financiados pelo programa Escolhas que a Alta Comissária vai visitar durante estes dois dias, a par do Boa-Onda (Quarteira), Ludo-Rodas (Almancil) @ventura (São Brás de Alportel) e Bairrismundo (Silves).
De acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Faro era no ano passado o segundo distrito do país com mais imigrantes (74.335, 67 mil dos quais em situação legal), a seguir a Lisboa (188.516).