Alexandra Marques, in Jornal de Notícias
A actual crise financeira propicia o aumento dos divórcios, com os cônjuges a tentar chegar a consenso antes que a situação piore, que reduza os salários dos parceiros ou os lance no desemprego.
É o que conclui o estudo feito por um escritório de advocacia londrino. O estudo - que abrangeu 100 operadores e corretores da Bolsa - mostrou que 79% dos entrevistados acreditam que a probabilidade dos casamentos acabarem é maior em períodos de recessão.
Um quinto dos participantes conhece pelo menos uma pessoa que preencheu os papéis do divórcio desde o início da crise e um em cada dez está preocupado com a hipótese do parceiro já estar à procura de advogado.
O estudo divulgado sexta-feira pelo escritório de Direito familiar Mishcon de Reya refere que 54% dos profissionais que trabalham no centro financeiro consideram que os seus empregos estão mais vulneráveis do que há um ano.
Para Sandra Davis, que tratou dos divórcios da princesa Diana, da modelo Jerry Hall e do futebolista Thierry Henry, a a falta de dinheiro dificulta as conciliações. O inquérito revelou ainda que 60% dos entrevistados pediram aos cônjuges para reduzirem os gastos, e 19% afirmaram que os parceiros se recusaram a poupar.
Os dados estatísticos revelam que a taxa de divórcio em Inglaterra e no País de Gales caiu 7% em 2006, a mais taxa baixa desde 1984.