Miguel Marujo, in Fátima Missionária
Permitir aos pobres o acesso ao sector financeiro pode ajudar a quebrar o ciclo de miséria. O microcrédito pode ser repetido no campo dos seguros e do empréstimo à habitação
Permitir aos pobres do mundo um melhor acesso aos serviços financeiros é uma das recomendações que um painel de especialistas da área das Nações Unidas (ONU) emitiu a governos, entidades reguladoras, parceiros de desenvolvimento e sector privado.
Este Grupo de Conselheiros da ONU para Sectores Financeiros Inclusivos, assim se chama o painel que esteve reunido em Nova Iorque, foi criado na sequência do Ano Internacional do Microcrédito em 2005, e considerou nas suas reflexões um leque de questões relacionadas com o financiamento inclusivo. Pegando em exemplos dos países em vias de desenvolvimento, o grupo de aconselhamento notou que o regime do microcrédito em cinco países da África subsariana fez duplicar a poupança entre 1998 e 2006, havendo o potencial de a duplicar de novo nos próximos três anos.Há ainda uma enorme oportunidade para apostar na expansão de micro-seguros do seu nível actual de apenas dois por cento das famílias pobres, defendei este grupo. E acrescentou que os empréstimos à habitação a pessoas pobres podem ter um impacto importante.