Célia Marques Azevedo, in Jornal de Notícias
A taxa de desemprego em Portugal subiu uma décima, para 7,5% no mês de Maio. O grupo dos Quinze (Zona Euro) manteve-se estável nos 7,2% e a União Europeia (UE) dos 27 subiu para 6,8%.
Os números do Eurostat, divulgados ontem, mostram que Portugal a par da Polónia regista o terceiro valor mais alto da taxa de desemprego da UE. A diferença entre os dois países é que enquanto Lisboa subiu 0,1%, Varsóvia desceu uma décima face a Abril.
A Eslováquia e a Espanha têm as percentagens mais elevadas de população inactiva da UE, 10,5% e 9,9%, respectivamente. No extremo oposto estão a Dinamarca com 2,7% e a Holanda com 2,9%.
A subida do desemprego em Portugal vai contra a tendência europeia de estabilização. A Zona Euro mantém inalterada a taxa nos 7,2% desde Dezembro de 2007, enquanto que o grupo dos 27, apesar de ter subido uma décima, soma 6,8%, o mesmo valor que atingiu entre Dezembro do ano passado e Fevereiro último.
Ao longo do último ano, a maior parte dos países conseguiu reduzir o número de desempregados (só seis aumentaram). A Espanha, não só está no segundo grupo como personifica a maior subida de desemprego, passando de 8,1% em Maio de 2007 para 9,9% em Maio deste ano.
A taxa de desemprego entre os jovens com menos de 25 anos foi de 15,6% em Portugal, um valor próximo da média europeia para esta faixa etária, que é de 15% na Zona Euro e 14,9% nos 27. Entre os homens, Portugal regista valores próximos ou mesmo inferiores ao conjunto dos restantes países, 6,4%, mas o mesmo não se pode dizer dos números relativos ao sector feminino onde atingiu os 8,7%. Na UE, em Maio, havia 6,3% de homens sem emprego, mas o valor sobe para 6,6%, se o grupo se cingir aos Quinze, enquanto que do lado das mulheres havia 7,3% de desempregadas no conjunto dos 27 e 8% nos 15 países do euro.