E.R., in Jornal de Notícias
De acordo com as estatísticas do Eurostat o emprego cresceu 0,2% na Zona Euro e na Europa a 27 no segundo trimestre do ano, relativamente ao trimestre anterior, embora Portugal tenha registado apenas mais 0,1% de emprego no mesmo período.
Abaixo desta média encontram-se a Dinamarca (-0,1%), a Lituânia (-0,7%) e a Eslováquia (-0,4%). Comparado com o mesmo período do ano passado, o emprego cresceu 1,2% na Zona Euro (tal como em Portugal) e 1,3% nos 27 países da UE.
A Hungria e a Lituânia foram os dois países da EU27 que tiveram uma quebra face ao ano anterior (-2% e -0,6%, respectivamente), havendo ainda dados por apurar noutros países.
Entretanto, ontem, o secretário de Estado do Emprego, Fernando Medina, desvalorizou o facto de 30% dos empregos criados desde que o Governo tomou posse terem sido no estrangeiro, o que torna mais difícil o cumprimento da "meta dos 150 mil empregos" de Sócrates. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou a criação de 133,7 mil empregos desde o início da legislatura, porém o número de empregos em território nacional cresceu apenas em 97,8 mil.
"Os dados oficiais que existem no INE são a criação de 130 mil empregos desde o início da legislatura. Há depois dados com uma natureza de precisão, que têm muitas vezes a ver com variáveis que têm poucos elementos de amostra, que eu não consigo apurar o seu grau de representatividade", justificou Fernando Medina, confiante no desafio de "assegurar esta dinâmica da criação de emprego em níveis particularmente significativos".