26.9.08

Quando o dinheiro falta, corta-se nos anticoncepcionais

in IOL Diário

Presidente da Associação para o Planeamento da Família alerta para o efeito da crise na contracepção das mulheres


O presidente da Associação para o Planeamento da Família (APF) alertou esta sexta-feira para o efeito da crise na contracepção das mulheres que, por falta de dinheiro, cortam na aquisição de anticoncepcionais, escreve a agência Lusa.

Duarte Vilar falava a propósito de uma campanha que foi apresentada esta sexta-feira, Dia Mundial da Contracepção, e que tem como lema «A tua vida, o teu corpo, a escolha». A campanha pretende que «os jovens tomem decisões informadas na altura certa de ter um bebé».

Duarte Vilar enaltece os «grandes avanços» que foram feitos nesta área em Portugal nas últimas décadas e de que é exemplo o facto de 85 por cento da população que precisa de contracepção, fazê-la.

Há, contudo, 15 por cento que não faz a devida contracepção e são estes que devem preocupar as autoridades, segundo o presidente da APF.

Para Duarte Vilar, os grupos mais difíceis de trabalhar a nível da contracepção são os jovens sexualmente activos fora do contexto escolar e mulheres em zonas de pobreza e ainda imigrantes.

A propósito de pobreza, Duarte Vilar alertou para uma consequência da crise. «Há uma parte da população que nestas alturas de crise e, por falta de dinheiro, deixa de comprar medicamentos e também contraceptivos».

Duarte Vilar frisa a importância da distribuição gratuita de contraceptivos nos centros de saúde, que actualmente garante a pílula para um período de seis meses a cada mulher que o solicite.

Uma medida que, nesta área, coloca Portugal à frente de muitos outros países, disse.