in Rostos on-line
Para assinalar a realização da 25.ª Semana Nacional de Pastoral Social realizou-se, em Fátima, o ICongresso da Pastoral Social.
A Diocese de Setúbal esteve representada com 11 congressistas provenientes da Cáritas Diocesana (3), da Casa Sat´Ana (3), das paróquias de Afonsoeiro (1), concelho do Montijo, da Atalaia (2) e do Lavradio (2), concelho do Barreiro.
Eugénio Fonseca, na sua qualidade de presidente da Cáritas Portuguesa, afirmou que a pobreza “não é uma fatalidade” e para a sua erradicação “basta vontade política e ética”.
Fez-se memória sobre os caminhos andados nos últimos 25 anos em direcção a um Portugal mais justo e solidário, a partir do contributo de milhares de cristãos integrados nas instituições e nos grupos de acção social e caritativa da Igreja Católica; reflectiram-se sobre os critérios que devem orientar a intervenção social da Igreja, bem como os desafios que está chamada a enfrentar, nomeadamente no que diz respeito à erradicação da pobreza. Este congresso contou com a intervenção do Cardeal Renato Martino que apresentou aos congressistas a sua visão sobre o que deve ser a pastoral social face à complexidade dos problemas e empenhamento na transformação do mundo.
Erradicar a pobreza um desafio à Missão da Igreja
Eugénio Fonseca, na sua qualidade de presidente da Cáritas Portuguesa, foi um dos palestrantes, tendo sido perentório a afirmar que a pobreza “não é uma fatalidade” e para a sua erradicação “basta vontade política e ética”. Na sua conferência sobre «Erradicar a pobreza um desafio à Missão da Igreja», realçou que para além da escassez dos recursos económicos existem outras causas como “o mercado de trabalho, a saúde física e mental, a educação, a formação académica e profissional, a habitação e as relações sociais”.
O responsável da Cáritas Portuguesa sustentou que o primeiro passo para erradicar a pobreza passa por fazer “a opção preferencialmente, pelos pobres” e desafiou a Igreja a dar mais apoio. “Também a Igreja não pode, quando estabelece as suas prioridades, deixar de partilhar mais os seus recursos materiais com os que menos têm” - disse. Por outro lado, Eugénio Fonseca referiu que “a acção social e caritativa não pode ser vivida como uma acção periférica e, muito menos, como uma acção optativa no conjunto das actividades pastorais”.