22.10.08

Cobertura de creches chega aos 33% em 2009

Amadeu Araújo, Viseu, in Diário de Notícias

Redes sociais. Lares de idosos e apoio domiciliário reforçados


Portugal deverá ter, até 2009, "uma taxa de cobertura de creches de 33%, um valor que se aproxima das metas europeias e que será conseguido através do Programa de Alargamento de Redes Sociais" (Pares), que teve início em 2006 e já vai na terceira fase.

Os números são do Ministério da Solidariedade Social e do Trabalho (MSST) e foram ontem divulgados em Viseu, distrito que através do programa Pares "irá passar a ter uma taxa de cobertura de crianças em creches de 38%, quando anteriormente era de 21%" afirmou o ministro Vieira da Silva para ilustrar "o sucesso do programa".

Em Viseu o ministro visitou as obras do centro social da Associação de Solidariedade Social da Freguesia de Abraveses, que representa um investimento de 1,9 milhões de euros e que ficará concluída em 2009. No novo edifício, o primeiro centro social da freguesia, a associação irá centralizar as valências de lar de idosos, creche e apoio domiciliário. Vieira da Silva lembrou que "quando lançámos o Pares tínhamos uma taxa de ocupação no distrito de Viseu de 21%. Até ao final da legislatura iremos atingir os 38% de taxa global do distrito que ultrapassará até a média nacional. Significa um grande investimento por parte das instituições e do Governo. Um aumento de 17% é um acréscimo muito significativo", frisou.

Em todo o país foram já celebrados "contratos em mais de 500 equipamentos, que têm no total mil valências, algumas das quais já concluídas". Números que levaram Vieira da Silva a considerar que este é "um programa pesado. Nunca esteve no terreno no domínio social um programa com tanta ambição e isso exige muito aos técnicos de segurança social", realçou.

Só no distrito de Viseu "são 32 equipamentos, com mais de 60 valências, o que significa um reforço muito grande da rede de equipamentos sociais sobretudo ao nível da primeira prioridade do Governo, as creches".

Os diversos equipamentos são comparticipados de acordo com os valores estipulados em regulamento, havendo sempre lugar ao financiamento público que não pode exceder os 75% do investimento.

No conjunto, o Pares "promove uma solução integrada de financiamento da construção e equipamentos porque tem prevista uma comparticipação financeira de acordo com cada utente", explicou o governante.