in Jornal de Notícias
A crise está a reflectir-se de várias formas nas contas da Segurança Social. Em 2009, o Ministério do Trabalho vai gastar mais 3,6% com o subsídio de desemprego e prevê que as receitas aumentem 5,6% (abaixo de 2008). Viera da Silva afirma ser difícil atingir nesta legislatura a meta de 150 mil novos empregos.
Numa conferência de imprensa para apresentar o orçamento da Segurança Social para 2009, ficou ainda a saber-se que a dívida acumulada de entidades empregadoras e trabalhadores independentes atinge actualmente cerca de 3,4 mil milhões de euros, tendo sido apontada uma meta de 300 milhões de euros para cobrança executiva.
A cobrança de dívidas tem rondado os 200 milhões de anos devendo chegar esta ano aos 300 milhões. O objectivo, segundo referiu ao JN o secretário de Estado da Solidariedade Social, é fixar nos 300 milhões o objectivo da cobrança executiva a atingir anualmente a partir de 2009. A previsão de crescimento de 5,6% nas receitas já inclui, de resto, esta verba de 300 milhões de euros. Em 2009, Vieira da Silva conta com uma subida de 3,6% na despesa do subsídio de desemprego porque, explicou, basta a manutenção da taxa para a despesa crescer. Face à actual "conjuntura incerta", disse, será difícil chegar aos 150 mil novos postos de trabalho na legislatura.