in Jornal Público
Voluntários para ler, procuram-se
No início do próximo ano o Plano Nacional de Leitura (PNL) vai lançar um projecto de voluntariado, para que pessoas ou organizações possam oferecer algum do seu tempo para ler nas escolas, bibliotecas ou outros espaços públicos, ou seja, "para ler a quem precisa", anuncia Isabel Alçada, comissária do PNL. No âmbito das escolas, foram escolhidas 33 para iniciar um novo projecto, chamado A Ler+, que consiste em transformar as escolas em centros de leitura, com o objectivo de envolver toda a comunidade escolar. Por exemplo, os alunos mais velhos podem ler aos mais novos ou os pais podem ir à escola ler, explica. Em dois anos, o Plano Nacional de Leitura tem apostado na consolidação, alargamento e inovação, caracteriza António Firmino da Costa, coordenador do estudo de avaliação externa. E explica: o apoio que inicialmente foi feito à rede de bibliotecas escolares e também às públicas tem vindo a ser consolidado com mais escolas e autarquias a aderir ao PNL. O alargamento fez-se com a introdução de actividades de leitura orientada para o 3.º ciclo. A inovação deu-se com a oferta de um livro a cada aluno que entrou pela primeira vez na escolaridade obrigatória ou com projectos como o Ler+ em vários sotaques", em parceria com o Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural, ou o Ler+ dá saúde, uma parceria com a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, com a introdução de caixas com livros em centros de saúde ou hospitais. B.W.