Hugo Silva, in Jornal de Notícias
A terceira fase do Tecmaia - Par- que de Ciência e Tecnologia da Maia permitirá criar cerca de 1100 novos postos de trabalho. No dia 3, o presidente da República inaugura a segunda fase do projecto, que até nasceu de um problema.
"Habituámo-nos a viver em crise", assinalou António Tavares, director-geral do Tecmaia. Afinal, foi da fuga da Texas Instruments/ /Samsung para outras bandas, mandando cerca de 800 pessoas para o desemprego, que surgiu a oportunidade de lançar as bases de um Parque de Ciência e Tecnologia. Cerca de oito anos depois da abertura, o Tecmaia apresenta-se, hoje, como um pólo que congrega 48 empresas de base tecnológica. Ali trabalham 969 pessoas. Apenas 5% têm formação até ao 12º ano. As restantes têm formação universitária.
A segunda fase do Tecmaia, que terá direito a "corta-fitas" de Cavaco Silva, é materializada pelo pólo de serviços multiusos. Um edifício com 8,4 mil metros quadrados de área, três pisos acima do solo e parque de estacionamento subterrâneo para 149 viaturas. Um dos pisos foi já ocupado pela Critical Software, empresa recentemente galardoada com prémio PME Inovação d COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação.
O edifício multiusos tem cafetaria, restaurante, self-service, loja de conveniência, agência bancária, health-club, salas de formação e um auditório. No exterior, há campos de jogos desportivos.
"A segunda fase representou um investimento de nove milhões de euros", contabilizou António Tavares, acrescentando que o projecto teve uma comparticipação de 40% de fundos europeus.
Esta expansão do Tecmaia permitiu, ainda, concluir uma nova portaria e o edifício PortusPark, integralmente ocupado pela empresa Wipro.
Ontem à tarde, António Tavares serviu de guia numa visita às instalações que Cavaco Silva vai inaugurar. "O projecto está com dois anos de avanço em relação ao que estava programado", registou, antecipando que no final do próximo ano já deverá estar pronto o primeiro edifício integrado na terceira fase do Tecmaia. Trata-se de um imóvel que permitirá aumentar a capacidade de acolhimento de empresas. O Parque de Ciência e Tecnologia já tem uma lista de espera à qual não consegue dar resposta e que inclui entidades já ali instaladas, mas com necessidade de expansão.
A terceira fase inclui, ainda, mais dois imóveis: um para albergar uma incubadora de empresas e entidades ligadas às indústrias criativas (será candidatado a verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional), outro para reforçar a capacidade de acolhimento do Parque de Ciência e Tecnolgia da Maia. No total, é um investimento que rondará os 10 milhões de euros.