26.11.08

Amnistia relembra situação das mulheres

BM, in RR

No dia em que se assinala o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, a Amnistia Internacional (AI) alerta, em comunicado, para as mais diversas formas de violência sobre as mulheres.

A organização lembra que, ainda no mês passado, uma mulher foi morta à pedrada, na Somália, por um grupo de 50 homens. Isto, apesar de o seu pai ter afirmado que ela foi raptada e tentou denunciar a situação. Nenhum dos autores da sua morte foi acusado.

A AI lembra que foi lançada, em 2004, uma campanha a alertar para a violência doméstica contra as mulheres, mas actualmente há ainda milhares de vítimas, de um ciclo de pobreza e desrespeito.

Estudos recentes indicam que no Afeganistão, Arménia, Canadá, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Jamaica, Haiti, Libéria, México, Nigéria, Peru, Serra Leoa, África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, a violência não só é uma violação dos direitos humanos, como também um factor obstrutivo para as mulheres e crianças em fazer valer os direitos tão básicos como o da segurança, saúde, educação ou da participação.

A pobreza mundial é, também, intrínseca à mulher. É caracterizada pelas experiências diárias de abusos dos direitos humanos, que resultam na privação de bens, insegurança, exclusão e violência. A pobreza existe em todos os países e afecta, desproporcionadamente, as mulheres.

Nem a violência contra as mulheres, nem a pobreza são inevitáveis, embora combinadas limitam a escolha das mulheres e coloca-as em situação de risco e vulneráveis à violência.

Debate sobre tráfico de mulheres

Em Lisboa, a Amnistia Internacional e a Fox International Channels promovem hoje o debate sobre “O Tráfico de Mulheres para Redes de Prostituição”, na Escola Superior de Comunicação Social – Campus de Benfica.

Este encontro visa sensibilizar os mais jovens para uma realidade bem presente nos dias de hoje – o tráfico de mulheres para redes de prostituição.