Célia Marques Azevedo, in Jornal de Notícas
Portugal apresentou em 2006 uma das taxas de desemprego mais elevadas entre os jovens com menos de 30 anos.
Segundo o relatório sobre a evolução do emprego da Comissão Europeia (CE), em 2006, o emprego aumentou em todos os países da União Europeia (UE) sem excepção, pela primeira vez na última década. Os aumentos foram, no entanto, a ritmos diferentes, tendo Portugal registado um dos mais baixos.
A taxa de emprego em Portugal chegou, então, aos 67%, colocando o país a três pontos percentuais de cumprir os objectivos da Estratégia de Lisboa, que aponta 70% como o valor ideal para o pleno emprego, em 2010. Ainda assim, o valor já foi atingido no que respeita o emprego por géneros, no caso as mulheres. Entre 2000 e 2006, a taxa de desemprego da população dos 15 aos 24 duplicou, de 8,8 para 16,3%. Os números mostram que os jovens com um nível de educação mais elevado, nesta faixa etária, têm mais probabilidade de estar desempregados que os de escolaridade inferior, uma tendência comum a todo os países mediterrânicos. Quando a idade avança dos 25 aos 29, a taxa de desemprego desce, na generalidade dos países, excepto em Portugal e na Eslovénia. O abandono escolar diminuiu na maior parte dos países da UE, embora se mantenha acima da linha dos 10% apontados pela Estratégia de Lisboa. Portugal é, no entanto, dado como mau exemplo onde quatro em cada 10 jovens abandonam a escola antes de terminarem os estudos obrigatórios.
Na UE, taxa de actividade entre a população mais velha, dos 55 aos 64 anos não só aumentou, por comparação com valores de 2000, como representa quase metade da totalidade do emprego criado neste período de tempo.