19.11.08

País teve o menor ritmo na criação de emprego

Célia Marques Azevedo, in Jornal de Notícas

Portugal apresentou em 2006 uma das taxas de desemprego mais elevadas entre os jovens com menos de 30 anos.


Segundo o relatório sobre a evolução do emprego da Comissão Europeia (CE), em 2006, o emprego aumentou em todos os países da União Europeia (UE) sem excepção, pela primeira vez na última década. Os aumentos foram, no entanto, a ritmos diferentes, tendo Portugal registado um dos mais baixos.

A taxa de emprego em Portugal chegou, então, aos 67%, colocando o país a três pontos percentuais de cumprir os objectivos da Estratégia de Lisboa, que aponta 70% como o valor ideal para o pleno emprego, em 2010. Ainda assim, o valor já foi atingido no que respeita o emprego por géneros, no caso as mulheres. Entre 2000 e 2006, a taxa de desemprego da população dos 15 aos 24 duplicou, de 8,8 para 16,3%. Os números mostram que os jovens com um nível de educação mais elevado, nesta faixa etária, têm mais probabilidade de estar desempregados que os de escolaridade inferior, uma tendência comum a todo os países mediterrânicos. Quando a idade avança dos 25 aos 29, a taxa de desemprego desce, na generalidade dos países, excepto em Portugal e na Eslovénia. O abandono escolar diminuiu na maior parte dos países da UE, embora se mantenha acima da linha dos 10% apontados pela Estratégia de Lisboa. Portugal é, no entanto, dado como mau exemplo onde quatro em cada 10 jovens abandonam a escola antes de terminarem os estudos obrigatórios.

Na UE, taxa de actividade entre a população mais velha, dos 55 aos 64 anos não só aumentou, por comparação com valores de 2000, como representa quase metade da totalidade do emprego criado neste período de tempo.