União Europeia lança plano para salvar a economia

Célia Marques Azevedo, in Jornal de Notícias

O plano que a Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira para relançar a economia contempla medidas fiscais para sustentar o consumo e os empregos e reduzir a carga de impostos sobre as empresas.

O mesmo é dizer a possibilidade de reduzir o IVA. O estímulo fiscal entra em vigor a partir de 2009, por um período de dois anos, e deve ser adaptado às necessidades de cada país, mesmo que tenham de recorrer à flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Bruxelas quer coordenar a nível europeu as medidas nacionais que os estados-membros estão a tomar, para que não sejam incompatíveis entre si.

O alívio fiscal vai ser complementado com propostas sobre "investimento fundamental", quer a nível nacional quer europeu, com prioridade para as que criem emprego, sobretudo em áreas como a tecnologia "verde" e a investigação.

Bruxelas deve propor uma combinação de investimento público e financiamento comunitário a somar ao apoio do Banco Europeu de Investimento, para suportar sobretudo os sectores do automóvel e da construção.

O plano de salvamento da economia, de 130 mil milhões de euros, ou 1% do PIB da UE, só terá o apoio da Alemanha se não implicar mais custos para Berlim, que já fez saber que era contra uma descida concertada do IVA. Paralelamente, a Reserva Federal norte-americana anunciou, ontem, a mobilização de 800 mil milhões de dólares destinados a apoiar o crédito ao consumo e o mercado imobiliário.