in Jornal Público
Portugal em recessão em 2009
O economista-chefe do BBVA para a Europa, Julián Cuber, afirmou ontem que "é muito provável" que Portugal entre em recessão em 2009. "É muito provável que Portugal, tal como a Espanha, entre em recessão, pois está muito dependente da procura externa e o cenário europeu é de recessão", disse o economista à imprensa, em Lisboa, durante um debate sobre a situação económica europeia e as perspectivas para os próximos anos.
Indústria derrapa na Europa
As encomendas à indústria caíram 3,9 por cento em Setembro na zona euro face a Agosto, com Portugal a acompanhar a tendência ao apresentar uma quebra de 4,9 por cento, segundo os dados divulgados ontem pelo Eurostat. Na União Europeia (UE-27) no seu conjunto, as encomendas recuaram 4,6 por cento em Setembro face a Agosto. Em termos homólogos, as encomendas diminuíram 1,1 por cento na zona euro e 0,9 por cento na UE-27.
Euribor continua a cair
As taxas Euribor voltaram a recuar ontem, com a Euribor a três meses a ultrapassar a barra dos 4 por cento para o mínimo em mais de 19 meses. A Euribor a três meses desceu 0,051 pontos percentuais para 3,97 por cento. A taxa a seis meses caiu 0,045 pontos percentuais para 4,020 por cento. A taxa a 12 meses baixou 0,046 pontos para 4,077 por cento.
Confiança alemã afunda-se
A confiança dos empresários alemães caiu em Novembro para 85,8 pontos contra 90,2 pontos em Outubro, o nível mais baixo em cerca de 16 anos, segundo os dados divulgados ontem pelo instituto de conjuntura IFO. Este índice, elaborado mensalmente na base de um inquérito junto de 7000 empresários, obteve o resultado mais negativo desde Fevereiro de 1993.
Bolsas em forte alta
A generalidade das bolsas internacionais recuperou ontem parte das perdas sofridas ao longo dos últimos dias. O DAX, principal índice alemão, subiu mais de 10 por cento, tal como o CAC francês. Uma tendência que se verificou em todas as praças europeias, onde os ganhos mais modestos acabaram por se verificar em Lisboa, com o PSI 20 a valorizar 4,38 por cento. Nos Estados Unidos, os principais índices também seguiam a valorizar entre 3,5 e 4,5 por cento.