in Jornal Público
Financiamento acabou no ano da criação da SRU
Em 2006 e 2007, "não foi possível realizar as obras regulares de reparação e manutenção do património", lê-se nos relatórios de actividade da FDZHP. Foi a consequência lógica da quebra de financiamento por parte da Câmara do Porto (CMP), em 2004. Segundo dados facultados ao PÚBLICO pelo vereador da CDU, Rui Sá (a autarquia não quis prestar declarações sobre o tema), em 2002, o primeiro ano de mandato do actual presidente da câmara, a autarquia transferiu para a fundação cerca de 1,8 milhões de euros, um valor até superior, em 600 mil euros, ao de 2001. Contudo, em 2003, as verbas transferidas caíram para 373 mil euros. Em 2004 cessou o financiamento autárquico, ficando as despesas de funcionamento a ser asseguradas pelas receitas arrecadadas em rendas e pela Segurança Social. O financiamento foi interrompido no ano em que foi constituída a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana, instrumento destinado a reabilitar o centro histórico (tal como a FDZHP) e a Baixa portuenses.