in Jornal de Notícias
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, não está à espera de um "milagre" na cimeira dos G20, que começa esta sexta-feira em Washington, mas vê no encontro o "início de um processo" para enfrentar a crise financeira.
"Não devemos esperar, no imediato, um ilagre neste encontro, que foi uma ideia europeia, mas vê-lo como o início de um processo que deve traçar um programa completo", disse Barroso em entrevista hoje divulgada pelo diário alemão Suddeutsche Zeitung, citada pelas agências noticiosas.
"É claro que se espera que sejam tomadas decisões concretas. Por exemplo, devemos atribuir mais competências ao Fundo Monetário Internacional", e fazer com que qualquer "instituição financeira importante possa ser efectivamente controlada", adiantou.
Constatando que a Europa está "à beira de uma profunda recessão", o presidente da Comissão Europeia considerou que os Estados membros devem pôr em prática "imediatamente" medidas de apoio à economia real na forma de uma "caixa de ferramentas" semelhante àquela criada para apoiar o sistema financeiro.
A cimeira do G20, em Washington, reúne o G8 (Alemanha, França, Estados Unidos, Japão, Canadá, Itália, reino Unidos e Rússia), a União Europeia, 11 países emergentes (Argentina, Austrália, Arábia Saudita, África do Sul, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Turquia).
A França cedeu à Espanha um dos seus dois lugares porque exerce a presidência rotativa da UE.