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Face ao ano passado, registam uma tendência de corte nas suas fontes de financiamento.
O agravamento da crise económica está já a afectar a actividade das Organizações Não Governamentais dedicadas à solidariedade social e à ajuda humanitária que, face ao ano passado, registam uma tendência de corte nas suas fontes de financiamento: empresas, Estado e donativos por parte dos cidadãos.
De acordo com dados recolhidos junto das principais ONG que actuam em Portugal, apenas o número de voluntários aumentou relativamente a 2007, o que pode indiciar maior disponibilidade por situações de desemprego, e, simultaneamente, mais solidariedade devido ao contexto actual.
"É com preocupação que verificamos que as empresas e entidades privadas que, de forma regular apoiaram a organização, não o estar a fazer este ano", segundo o Conselho Português para os Refugiados (CPR).
Os cortes no financiamento estatal e privado a estas associações, assim como a quebra nos donativos por parte dos cidadãos revelam que a crise está já a afectar o dia-a-dia das ONG, que assistem ainda a outras mudanças decorrentes do contexto económico.
"Sente-se já há algum tempo uma maior afluência aos Centros Sociais da AMI e uma maior procura dos mesmos por parte de pessoas com rendimentos médio/baixo: desemprego, pobreza envergonhada, pensionistas", sustenta a Assistência Médica Internacional.
Os resultados foram apurados junto das 17 ONG que integram o Causas, uma iniciativa de comunicação com o apoio do Banco de Espírito Santo, no âmbito da sua política continuada de responsabilidade social.
Integram este projecto a Acreditar, AMI, ANIMAR, APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, APCL – Associação Portuguesa Contra a Leucemia, APF – Associação para o Planeamento da Família, CEAI – Centro de Estudos da Avifauna Ibérica, CPR, FENACERCI, FIRM – Fundação Infantil Ronald McDonald, INDE – Intercooperação e Desenvolvimento, Médicos do Mundo, Novo Futuro, REAPN – Rede Europeia Anti-Pobreza, SOS Racismo e UMAR – União de Mulheres Alternativa.