CC/Domingos Pinto, in Rádio Renascença
Não combater de forma radical a pobreza é pecado. Este é o recado deixado pelo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
Este recado aos cristãos foi deixado por D. Carlos Azevedo no final da audição pública da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a pobreza.
“Para o cristão, não fazer tudo o que está ao alcance de cada um para alterar a situação económica e social permissiva da pobreza, é pecado porque não segue de Deus, ofende a dignidade humana e porque não encaminha para a alegria da partilha”, disse.
O Bispo Auxiliar deixa também um alerta para os políticos e a sociedade ao referir que “a pobreza não é uma fatalidade”.
“A pobreza não é uma fatalidade se a economia tiver como prioridade a satisfação de necessidades essenciais e a operacionalização de serviços básicos, se a justiça e a equidade conduzirem à partilha dos frutos do desenvolvimento e do progresso, se a sociedade dispuser de meios para dar a todos uma igualdade de oportunidades”, acrescenta.
A Comissão Nacional Justiça e Paz é uma das entidades da sociedade civil que integra a delegação que na próxima segunda-feira entrega ao Presidente da República uma carta-aberta contra a pobreza e a desigualdade.